terça-feira, 21 de agosto de 2012

Instrumentos de tortura da Idade Média

No balcão de estiramento a vítima era colocada deitada sobre um banco e tinha os pés fixados em dois anéis. Os braços eram puxados para trás e presos com uma corda acionada por uma alavanca. Assim começava o estiramento que deslocava os ombros e as articulações do condenado, seguido pelo desmembramento da coluna vertebral e, então, pelo rompimento dos músculos e articulações. Antes desses efeitos mortais, porém, o corpo se alongava até trinta centímetros.

A cadeira inquisitória era instrumento essencial em interrogatórios o réu sentava-se nu, e, com o mínimo movimento, as agulhas penetravam-lhe o corpo, provocando efeitos terríveis. Em outras versões, a cadeira apresentava assento de ferro, que podia ser aquecido até ficar em brasa.


Na tortura do empalador as vítimas eram, primeiramente, desnudadas e, então, literalmente enfiadas de baixo para cima numa estaca pontiaguda. Em similiar posição, eram deixadas sobre os muros aos castelos invadidos, ou em frente às fortalezas assediadas. Infelizes eram os que sobreviviam por diversos dias até a morte por hemorragia.


O esmaga-joelhos era colocado na perna da vítima, na altura do joelho, e apertado até que as pontas penetrassem na carne. O exercício era repetido várias vezes, o que causava inutilização permanente da perna. Era utilizada contra ladrões. Para os assassinos, depois da tontura, vinha a morte.


O esmaga-polegar era um instrumento usado como alternativa às principais torturas, ou um tipo de amedontramento, antes de começarem as próprias. O acusado sofria a mutilação do polegar simplesmente com o aperto do parafuso, esse método muito doloroso servia para obter delações, informações ou confissões de delitos, muitas vezes não cometidos.


 O esmaga-seios, aquecido em brasa, fazia parte dos instrumentos empregados contra as bruxas. Na Franca e na Alemanha, esse instrumento tinha o nome de tarântula, ou aranha espanhola. Com ele se despedaçava o peito das meninas-mães ou das culpadas de aborto voluntário.


A roda alta era reservada aos criminosos responsáveis por delitos contra a ordem pública. Era um suplício duplo: o réu era colocado nu, deitado no chão, com os pés e as mãos fixados em anéis de ferro. Sob seus ombros, cotovelos, joelhos e tornozelos, eram colocados  pedaços de madeira. Então, o carrasco, com a roda, despedaçava-lhe todos os ossos, esmagando as juntas, mas evitando ferimentos mortais. Na segunda parte, o corpo da vítima era dobrado sobre si mesmo e colocado em cima de uma roda de carroça, sobre uma estaca, e ali deixado por vários dias até morrer.


Chamava-se de mesa de evisceração, ou de esquartejamento manual. Nesse instrumento, o condenado era colocado deitado, preso pelas juntas e eviscerado vivo pelo carrasco. O carrasco abria-lhe o estômago com uma lâmina, prendia com pequenos ganchos as vísceras e, com a roda, lentamente ia puxando os ganchos. Os órgãos iam saindo do corpo da vítima durante horas, até que chegasse a morte. Alguns condenados permaneciam vivos durante dias depois de eviscerados, pois o carrasco tinha a habilidade de extrair das vítimas os órgãos não-vitais.

 
Fonte historiadigital.org

domingo, 19 de agosto de 2012

Era Napoleônica – Exercício



Questões:
01.  O governo de Luís XIII na França foi caracterizado, entre outros aspectos, pelo conflito entre a autoridade real e os protestantes franceses. Na essência esse conflito representou:
                             
a) o resultado da política de Richelieu, voltada para a consolidação do poder do rei, retirando dos protestantes a autonomia político militar de que dispunham.
b) um dos últimos episódios das Guerras de Religião deflagradas pela Reforma da Europa, já que a França seguia as determinações de Roma.
c) a resposta do rei, pelo combate dos protestantes, às perseguições sofridas pelos católicos na Alemanha.
d) o ponto de partida para a formação do chamado Estado Nacional Francês, posto que os protestantes, dominando Estados independentes na França, dificultavam a unificação do país.
e) a conseqüência mais visível do choque entre os interesses econômicos da burguesia mercantil francesa, católica, e os dos grandes latifundiários do país, protestantes.


02. A consolidação do absolutismo na França pode ser considerada tardia, se comparada com outras nações, e isso se deveu:

a) À política militarista desenvolvida pelo cardeal Richelieu, envolvendo a França na Guerra dos 30 anos.
b) À oposição dos huguenotes ao absolutismo real, fazendo com que o país mergulhasse nas guerras de religião.
c) Ao fato de o primeiro rei da Dinastia Bourbon ser protestante, não aceito pelos franceses.
d) À política econômica do ministro Colbert, que, ao desenvolver as manufaturas, não acompanhou a tendência mercantil.
e) À manutenção de privilégios à nobreza, como os impostos e a justiça regional.


03. (UFV) Durante o período Napoleônico (1799 - 1815), entre as medidas adotadas por Bonaparte, assinale aquela que teve repercussões importantes nas relações comerciais do Brasil com a Inglaterra:

a) Restauração financeira, com a conseqüente fundação do Bando da França, em 1800.
b) Decretação do Bloqueio Continental, em 1806, com o qual Napoleão visava arruinar a indústria e o comércio ingleses.
c) Promulgação, em 1804, do Código Civil, que incorporou definitivamente à legislação francesa os princípios liberais burgueses.
d) Expansão territorial da França, graças à incorporação de várias regiões da Europa, formando o chamado "Império Napoleônico".
e) Criação do franco como novo padrão monetário.


04. (UFMG) Marx, em A Sagrada Família, afirmou que o Golpe de 18 Brumário de 1799 instaurou um regime que "concluiu o Terror, pondo no lugar da revolução permanente, a guerra permanente". Todas as alternativas contêm referências corretas relativas à afirmação acima, exceto:

a) A concentração de um poder ditatorial nas mãos de Napoleão Bonaparte.
b) A repressão interna desencadeada pelo novo regime sobre os opositores do golpe.
c) As constantes campanhas militares empreendidas por Napoleão.
d) As proibições impostas à burguesia no campo associativo.
e) As severas interdições que limitaram a liberdade da imprensa francesa.


05. (UNAERP) Abolição da escravidão; fim dos privilégios; limite aos preços dos gêneros alimentícios; criação do ensino gratuito obrigatório; concessão de terras aos camponeses. Estas foram medidas tomadas pelo:

a) adepto da escola econômica fisiocrática, o francês Turgot;
b) jovem general, recém-chegado do Egito, Napoleão Bonaparte;
c) líder jacobino, Robespierre, conhecido como "o Incorruptível";
d) primeiro-ministro francês, cardeal de Richelieu, a concluídas por seu sucessor, cardeal Mazarino;
e) "Rei-Sol", Luís XIV, juntamente com seu ministro Colbert.

 
06. (MACK) Sobre a Revolução Francesa, é incorreto afirmar que:


a) os dois clubes mais importantes foram o Clube dos Cordeliers e o Clube dos Jacobinos;
b) a convocação dos Estados Gerais foi uma demonstração da força econômica do Antigo Regime;
c) ela representou uma ruptura estrutural, pois a burguesia, até então marginalizada em relação ao poder político, sublevou-se, tornando-se senhora do Estado;
d) a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi a síntese da concepção burguesa da sociedade;
e) a Bastilha, antiga prisão do estado, foi tomada de assalto por artesãos, operários, pequenos comerciantes, lavadeiras e costureiras.


07. (UNIRIO)
"Milhares de séculos decorrerão antes que as circunstâncias acumuladas sobre a minha cabeça encontrem um outro na multidão para reproduzir o mesmo espetáculo." (Napoleão Bonaparte)


Sobre o Período Napoleônico (1799 - 1815), podemos afirmar que:

a) consolidou a revolução burguesa na França, através da contenção dos monarquistas e jacobinos;
b) manteve as perseguições religiosas e confisco das propriedades eclesiásticas iniciadas durante a Revolução Francesa;
c) enfrentou a oposição do Exército e dos camponeses ao se fazer coroar imperador dos franceses;
d) favoreceu a aliança militar e econômica com a Inglaterra, visando à expansão de mercados;
e) anulou diversas conquistas do período revolucionário, tais como a igualdade entre os indivíduos e o direito
de propriedade.


08. A Revolução Francesa representou um marco na História Ocidental por seu caráter de ruptura em relação ao Antigo Regime.

Entre as características da crise do Antigo Regime, na França, está:


a) a crescente mobilização do Terceiro Estado, liderado pela burguesia, contra os privilégios do clero e da
nobreza;
b) o desequilíbrio econômico da França, decorrente da Revolução Industrial;
c) a retomada da expansão comercial francesa, liderada por Colbert;
d) o apoio da Monarquia às sucessivas rebeliões camponesas contrárias à nobreza;
e) o fortalecimento da Monarquia dos Bourbons, após a participação vitoriosa na Guerra de Independência dos EUA.


09. Ocorrida no final do século XVIII, a Revolução Francesa alastrou-se pela Europa absolutista. Na França, a superação do absolutismo monárquico ficou evidenciada a partir do momento em que:

a) o sufrágio universal e as escolas públicas foram instituídos como algumas das reformas radicais da   
Convenção Revolucionária;
b) os representantes do Terceiro Estado exigiram que seu número dobrasse e que a votação fosse por deputado;
c) os Estados Gerais se reuniram no Palácio de Versalhes, por convocação do monarca Luís XVI;
d) o Terceiro Estado separou-se dos outros dois, formando logo depois a Assembléia Nacional Constituinte;
e) as camadas populares urbanas começaram a atacar lojas de armas em apoio a Napoleão.

 
10. A Revolução Francesa teve início quando os Estados Gerais (Assembléia Geral do Reino), reunidos em maio de 1789, foram ameaçados de dissolução por parte de Luís XVI. O Terceiro Estado, formado pelos representantes da burguesia, dos camponeses e dos "sans-culottes" (artesãos e aprendizes), reuniu-se em separado e auto- proclamou-se, em julho de 1789, Assembléia Nacional Constituinte. Entre as medidas tomadas por essa Assembléia, não se inclui a:


a) abolição dos deveres dos camponeses para com o clero;
b) reforma tributária inspirada por Turgot e Calonne;
c) instituição do direito à igualdade perante a lei;
d) instituição do direito à inviolabilidade da propriedade privada;
e) instituição do direito de resistência à opressão.


  Fonte: coladaweb